sábado, 21 de março de 2015

A busca pelo sentido da vida

Alguns acreditam que a vida é fruto de um milagre, outros que ela é fruto da evolução. Todas essas teorias podem (tentar) explicar o início e o final da vida, de onde viemos e para onde vamos, mas isso nada tem a ver com o sentido da vida. 

O sentido da vida são as pessoas com as quais temos a oportunidade de nos relacionar e não os bens que conquistamos; como tratamos aqueles que nos amam e como demonstramos amor, carinho e respeito por aqueles que estão à nossa volta, enquanto eles ainda estão a nossa volta ou enquanto ainda temos tempo. 

Como você trata a sua família mostra muito de quem você é: Amar seus pais e obedecê-los mesmo não concordando com eles mostra sabedoria; ouvir todas as histórias de seus avós pela terceira vez mesmo quando está com pressa, mostra paciência e compaixão; fazer algo que não gosta por seu irmão ou amigos mostra que seu interesse não está voltado para si mesmo. 

Numa dessas de viver o sentido da vida, você encontra pessoas de todas as classes, credos, cores e lugares diferentes e o jeito como você convive com elas mostra o quanto você respeita o diferente. Ninguém é dono da verdade! Somos apenas seres-humanos. Somos seres e humanos ao mesmo tempo e, às vezes, isso é difícil. Tanto é que vez ou outra alguns acabam se esquecendo de uma das duas partes. 

Pode ser que seja mais fácil caminhar com pessoas que compartilham do mesmo sentido que você mas isso não te impede de amar, com a mesma ou com mais intensidade, aquelas que não compartilham. Por isso, só por alguns segundos, eu quero esquecer esse negócio de "sentido" e me focar mais no negócio de "vida".  

Teremos que fazer escolhas por que a vida é isso e, as vezes, essas escolhas nos levam para perto ou para longe, nos une ou nos separa, nos aproxima ou nos distancia. Não se preocupe com o resultado, preocupe-se em fazer sentido na vida das outras pessoas. Que elas olhem para trás (ou para frente) e saibam exatamente por que você esteve/estará ali.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Classe média pode dar cadeia

O mais novo pecado no Brasil é pertencer à classe média. É um crime! E se você faz parte desse grupinho mesquinho e elitista você não é digno de ter uma opinião política. Detalhe importante é que durante o governo petista, segundo eles próprios exaltam, a maioria dos brasileiros "passou" da pobreza pra classe média, pelo menos essas eram as manchetes que apareciam na política internacional, aclamando o Santo Lula, salvador da pátria. Isso sim é hipocrisia. POUPEM-ME! 

A primeira casa que morei desde que nasci até os 4 anos, no Rio de Janeiro, era carinhosamente chamada de "Buraco quente" (tirem suas próprias conclusões), a casa não era nossa, mas sim da minha avó. Minha família tinha uma pizzaria em frente a casa para ajudar na renda. Nessa época nós tínhamos apenas um carro, um Fiat Uno (e, acredite, esse carro foi o nosso "upgrade"). Meu pai tinha que nos levar para todos os lugares o que era relativamente fácil porque ele, "peão" na empresa que trabalhava, saía do trabalho pontualmente as 17horas e logo já estava em casa. 

Cada vez que meu pai subia de cargo na empresa, mais tarde ele chegava em casa e podíamos, eventualmente, comprar uma coisa ou outra que antes era difícil. Com isso conseguimos nos mudar para um apartamento simples: dois quartos, uma vaga na garagem. Tudo bem porque nós só tínhamos um carro mesmo: outro Fiat Uno, modelo mais recente. Por anos, esse foi o único modelo de carro da minha família. Eu e minha irmã estudávamos em colégio particular, mas era o colégio da minha tia, onde minha mãe era professora, portanto, meus pais não precisavam pagar por isso. Moramos ali por quase dez anos e meus pais só terminaram de pagar pelo apartamento quando nos mudamos para São Paulo, anos depois. 

A vinda para São Paulo se deu por conta do trabalho do meu pai, nessa época ele já ocupava cargos de mais destaque. Compramos uma casa, a maior que nós já havíamos morado até então: 3 quartos e mais de 2 banheiros. Era um luxo que não estávamos acostumados a ter. Meus pais matricularam a mim e a minha irmã em um colégio nada barato, mas era a educação que as pessoas aqui recebiam e eles não queriam que ficássemos para trás, tenho certeza que eles fizeram muitos sacrifícios para conseguir isso. Anos depois eles também tiveram condições de pagar a faculdade para mim e para minha irmã, e eu sei que não foi barato. Abro aqui um parêntese para compartilhar da dor de milhares de estudantes esse ano que não conseguiram efetuar suas matrículas nas faculdades porque nossa presidente cortou o FIES. 

Para tentar resumir a história depois de anos, mas muitos anos mesmo. Depois de meu pai não chegar mais em casa sujo de graxa das máquinas, mas chegar às 20h (às vezes 22h) e ir trabalhar de social, depois dele dedicar mais de 15 anos de trabalho dentro de uma mesma empresa e ser reconhecido por isso, depois, com a ajuda da minha mãe que por sua vez também trabalha ainda, terem poupado e investido o dinheiro que ganharam através de seus trabalhos, aumentando seus bens e poder aquisitivo, hoje a realidade é outra sim. 

Nossa casa é grande (apesar de eu já ter visto bem maiores), moramos em um condomínio e cada um tem seu carro para ir trabalhar. Meus pais têm a possibilidade de continuar ajudando meus avós, pagando uma “mesada” para eles, ajudam a família sempre quando precisam (e também são ajudados quando precisam) e nós temos uma vida relativamente confortável. Não temos dinheiro sobrando. Eu sei que quando eu resolver sair de casa poderei contar com a ajuda deles, mas vou ter que batalhar para construir meus próprios bens, porque eles não têm dinheiro para me comprar uma casa nova e mobiliada,  talvez eu mesma tenha que começar de algum “buraco quente” por aí. 

Eu tenho consciência de que eu não sou uma vítima e, portanto, não tenho que e nem irei me colocar nesse papel mas POUPEM-ME de ser colocada no banco dos réus. Não olhem para mim e julguem que eu tenho tudo de “mão beijada” e que por isso não tenho condições moral de me colocar no lugar de alguém necessitado, isso se chama compaixão e o fato de pertencer à classe média não faz de mim uma pessoa sem compaixão, sem caráter ou sem sensibilidade à falta de oportunidade de muitos. Ou que qualquer posição política que eu tenho é visando os meus próprios interesses de classe média. 

O que os acusadores deixam passar é que quem chega à classe média nunca teve regalias na vida nem nunca nasceu em berço de ouro. Quem chega aqui, chega com muito trabalho e esforço, competência e força de vontade. Buscando uma melhor condição de vida. E todos os bens que conseguem com dificuldade adquirir são declarados no imposto de renda e descontados, bem descontados por isso. Os grandes ricos e milionários ou já nasceram com a sua vida e das futuras gerações feita, sem precisar de grandes esforços para administrar o que por “osmose” receberam ou são aqueles que tiram de nós o que conseguimos com nossos trabalhos, os mesmos que oprimem os pobres para que eles não cheguem a lugar nenhum. Esses nem sequer passam pela classe média, a ascensão deles é imediata e, muitas vezes, imoral também. Do dia para noite suas contas bancárias triplicam. Isso nunca aconteceu aqui em casa, já aconteceu na sua? 

Eu detesto generalizações mas tenho um certo receio do que alguns (não todos porque cada um tem seus motivos e interpretações para lutar por um ideal) desses acusadores da classe média não fariam diante de uma grande quantidade de dinheiro. Eu já vi pessoas assim de perto, pessoas que abominam o dinheiro e, por consequência, todos que tem um pouco mais, mas todos os dias apostam na loteria: hipocrisia! Dinheiro fácil – ok, mas se você se deu melhor que eu, você não presta. Será que essas pessoas estão mesmo preocupadas com os mais pobres ou estão preocupadas em não serem os mais ricos? Não estou dizendo que todos pensam desse jeito, estou dizendo que existe sim esse tipo de pessoa mas também existe os que pensam nos demais (e eu não me retiro desse grupo). Seja qual for o caso, apenas uma dica: Vocês estão mirando no alvo errado.  

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Enquanto os Beagles são resgatados ...


A notícia mais comentada nas redes sociais nos últimos dias é sobre o Instituto Royal e seus Beagles. O que nos leva, automaticamente, para a discussão do uso de animais para testes em laboratórios. Primeiramente, eu diria que a polêmica em si é sempre muito saudável, nenhuma grande revolução que ocasionou uma mudança verdadeira no comportamento de uma sociedade, foi originada por causa de um assunto que não fosse polêmico. Para haver mudanças, tem que incomodar, para incomodar tem que dividir opiniões e, para a mudança ser eficiente para todos é preciso saber ouvir as diferentes opiniões e analisá-las com cautela, considerando suas posteriores consequências. A parte ruim dessa história é justamente quando as pessoas não sabem aceitar opiniões diferentes da sua e, ainda por cima, aproveitam da oportunidade para levantar questões que, nem sequer estão relacionadas com o assunto. É difícil saber compreender diferentes pontos de vista, principalmente quando vidas estão sendo pondo em questão e uma vez que os ativistas partilham de uma paixão comum pelos animais e muitas vezes, erroneamente, devo acrescentar, não estão nem dispostos a ouvir opinião contrária as suas. Levando em consideração todos esses aspectos, resolvi dar a minha opinião, pois, estando eu “em cima do muro”, quem sabe não possa ser ouvida por ambas as partes. Antes que alguém me acuse de indecisa, eu digo que mais vale ainda não ter uma opinião, do que defender com convicção uma ideia que mais pode me prejudicar do que me trazer benefícios. Para começar a minha análise eu já digo aos ativistas que sim, eu compartilho de sua paixão pelos animais, também fico em estado de sublime encanto quando me deparo com um deles na rua e jamais seria capaz de agredi-los. Quando os encontro mal tratados, meu coração se parte em pedaços, e se tivesse condições, faria eu mesma alguma coisa para ajudá-los. Quando ouço alguns especialistas afirmarem que nós somos a classe dominadora, e os animais a classe dominada, não é que eu discorde de tal afirmação já que, no meu ponto de vista, ela é mesmo verdadeira. Eu discordo é da aplicação dela, uma vez que eu não acredito que isso nos dê o direito de maltratar os animais e sim, pelo contrário, isso nos dá a obrigação de protegê-los. Não concordo também com alguns grupos de vegetarianos que querem aproveitar disso para me convencer que, também por esse motivo, eu não posso mais comer carne. Primeiramente respeito a opinião de quem escolhe esse caminho, acho seus valores dignos e acredito que seus estilos de vida sejam mesmo saudáveis mas, no que leva em consideração esse aspecto, eu acredito mesmo que se todos os seres-humanos aderissem a essa dieta, teríamos outro problema para resolver. Quando a população de determinado animal excede à sua normalidade vários problemas se desencadeiam. Em alguns lugares, a caça é permitida para restaurar a normalidade do ecossistema. Então, desculpem-me quem acha que meu pensamento é medieval, mas, matar para comer, em minha opinião, nada mais é do que a lei da vida. Claro, provavelmente se eu visse tais animais serem mal tratados, o meu lado mais “humano” e menos “animal”, falaria mais alto, talvez, por pura aversão eu também não conseguisse comer mais carne. Mas é por isso que eu não tenho interesse em ver como esses animais são mortos e isso é uma opinião que eu também gostaria que fosse respeitada. Apesar disso, volto a dizer que todo animal deve ser bem tratado por nós enquanto vivos, independentemente de qual seja o destino deles. Por exemplo, se houvesse uma manifestação para fazer os matadouros terem mais consideração com esses animais, eu, sem hesitar, participaria mas, se alguém quisesse me convencer que todos os seres humanos deveriam virar vegetarianos, eu seria contra. Estou dizendo isso para elucidar o meu questionamento sobre o que é ou não aceitável a nós, enquanto classe dominadora, em relação aos animais. Eu jamais compraria um casaco de pele ou um sapato de couro, porque matar um animal para ganhar uma bolsa, um casaco ou qualquer bem material, para mim é inconcebível. É um motivo torpe, egoísta, asqueroso que me faz parecer menos com um humano e até com um animal, e me põe em uma classificação ainda não inventada de vidas inferiores. Porém, e se a morte de um animal significasse a vida de um ser humano? Você seria contra ou a favor? Percebam que, antes de sermos a favor dos animais, temos que ser a favor da espécie humana, lutar contra nós mesmos é um paradoxo. Assim sendo eu digo que, assim como eu vejo animais abandonados e mal tratados nas ruas, eu vejo também crianças. Eu vejo crianças sendo usadas para escravidão, prostituição e eu nunca vi ninguém invadindo lugar nenhum para tentar salvar essas crianças. É nesse ponto que eu me preocupo, na nossa indignação com certos assuntos e nossa passividade com outros, muito mais preocupantes. Estou querendo dizer com isso que os animais não valem a luta? De jeito nenhum. Qualquer vida vale uma luta, mas principalmente, a vida de um ser humano.  Se a cura do câncer e de tantas outras doenças pode hoje ser descoberta através de testes com animais em laboratório, então eu sou a favor. Pois cada animal pode salvar a vida de uma mãe, de um filho, de um pai, e isso não tem preço. Não acho que esses animais devam ser gratuitamente mal tratados, acredito que eles mereçam o máximo de qualidade de vida possível dentro do que é cabível. E, se toda essa discussão estiver encaminhando um novo modelo científico que seja tão eficaz quanto e que não tenha que envolver os animais, então terá valido a pena. Pois teremos usado nosso poder de classe dominadora, enquanto seres pensantes, para trazer benefícios e qualidade de vida não só para nós mesmos, quanto para todas as outras espécies que nos rodeiam e nos ensinam a sermos, cada vez mais, humanos.  

domingo, 16 de junho de 2013

Não são 20 centavos!


Antes de mais nada eu gostaria de dar um recado diretamente para essa geração: Geração Coca-cola, geração Facebook e geração Apple, perdoem-me! Perdoem-me porque um dia cheguei a imaginar que estávamos todos perdidos, que não havia mais solução para nós, acreditei que viveríamos para sempre no nosso mundinho virtual enquanto a realidade nos massacrava. Nós finalmente acordamos e estamos mostrando nosso poder de geração y, aquela da tecnologia, finalmente utilizando essa para suportar e apoiar uma revolução verdadeira, uma que acontece nas ruas, fora das telas do computador. Estamos mostrando aos políticos que sabemos lutar pelos nossos direitos nas ruas, enquanto usamos a mídia para tornar nossas causas conhecidas mundialmente. Quero ainda ressaltar que, independente dos resultados dessas manifestações, pois sabemos que uma revolução não acontece do dia para noite, que vocês me deram esperança. Esperança para não desistir de lutar pelo país, pelo povo e por seus direitos. Vocês me deram esperança em ter um filho e a ainda acreditar no povo brasileiro, tenho muito orgulho de pertencer a esse momento. Os caras pintadas voltaram, o gigante adormecido acordou! Quem diria que tudo isso aconteceria na geração do mundo virtual.

Do mesmo modo quero dizer para aqueles que estão vivendo esse momento e ainda não se deram conta da grandeza dele, escolham o seu lado. “Em tempos de revolução quem está neutro, está do lado do opressor”, foi essa frase que me fez quebrar a minha zona de conforto e me juntar ao pessoal que está tentando mudar o país. Eu sei exatamente em que lado da história eu pretendo estar daqui a alguns anos, independente do lado que sair vencedor. Aos pessimistas e desacreditados, àqueles que acreditam que isso não nos levará a lugar nenhum, o único jeito de não sair do lugar é não dando um passo a frente. Não tire o crédito e o merecimento daqueles que vão para rua, dar a cara a tapa, para tentar mudar uma realidade que incomoda a todos nós por tanto tempo.  Outro recado eu gostaria de dar ao senhor Arnaldo Jabor, que decepção o senhor foi para mim e que declaração lastimável eu tive que ouvir da boca daquele que eu considerava um comunicador de bom gosto intelectual: “Afinal o que provoca um ódio tão violento contra a cidade? (...) Não pode ser por causa de 20 centavos. A grande maioria dos revoltosos é de classe média, isso é visível, ali não existia pobres que precisassem daqueles vinténs, não. Os mais pobres ali eram os policiais ameaçados (...) que ganham muito mal. No fundo tudo é uma grande ignorância política (...) justamente a causa deve ser a ausência de causas (...) Realmente esses revoltosos de classe média não valem nem 20 centavos”.

O senhor realmente pensou antes de fazer tal depoimento? O senhor se deu conta que nós não vamos mais aceitar que os jornais da Globo formem nossas opiniões nos fazendo acreditar que essa é uma luta sem causa? Pois bem, se o senhor não pensou a respeito de sua própria declaração, eu ajudo. O senhor está certíssimo, não é por causa de 20 centavos e, pra falar a verdade, eu adoro a ironia implícita aqui: O povo que aceita taxas abusivas, o povo que paga sem reclamar os impostos mais altos do mundo, o povo que paga o salário mais alto para políticos no mundo e recebe o menor salário mínimo que se tem conhecimento, o povo que engole obras super faturadas para estádios de futebol enquanto não recebe educação e saúde, esse mesmo povo oprimido, passivo e otário, não há de se importar com 20 centavos de aumento. Quem poderia imaginar que 20 centavos descontados do bolso desse povo seria o estopim? O senhor tem razão novamente em afirmar que os pobres não precisam daqueles vinténs, pois eles vão pagar o preço exigido para cumprir sua rotina tripla de trabalho, para passar a vida trabalhando que nem escravos para garantir o sustento mínimo de suas famílias, eles com certeza pagariam. Eles não precisam desses vinténs, eles precisam de educação, saúde e segurança e, sim, a classe média tem por obrigação lutar por isso, lutar por nossos irmãos brasileiros que estão morrendo desumanamente enquanto nós mesmos lutamos para viver com dignidade. 20 centavos de aumento podem não fazer diferença para mim, que não pego ônibus, mas e a inflação no preço do combustível? Nós estamos honrando a educação PARTICULAR que nossos pais batalharam para nos oferecer. Ninguém precisa de vinténs, todos nossos precisamos é dos bilhões que nos são roubados dos cofres públicos diariamente. Então, faremos um trato, vocês nos devolvem os bilhões e nós pagamos os 20 centavos, é uma justa troca. Afinal, quem precisa de alguns vinténs?

Quanto aos policiais, concordo mais uma vez. Só quem ainda não acordou para isso foram os próprios.  Deviam se juntar à causa, pois estão defendendo um Estado que também os oprimem e desvalorizam. Policiais, bombeiros e professores, profissionais responsáveis por proteger, salvar e formar vidas não ganham um salário digno nem para salvar suas próprias vidas, quem dirá de todo uma nação. Os senhores deveriam escolher melhor o lado pelo qual lutam também. Quanto à violência, também não adianta tentar nos alienar mais uma vez, todos estão cientes do que realmente está acontecendo nas ruas e uma coisa que os políticos e os policiais não entendem é que essa violência a torto e a direita só servirá para fortalecer a manifestação. Enfim, se não valemos nem 20 centavos o senhor e sua lamentável declaração com toda certeza também não vale os milhões que recebem para tentar alienar o povo. Por falar nisso, povo brasileiro fique atento! Não caiam na política do pão e circo, vivemos em um país democrático, qualquer um é livre para assistir aos jogos na televisão ou indo aos próprios estádios mas não deixem que a vitória do Brasil nos campos seja a derrota do Brasil nas ruas. Do jeito que vivemos em um sistema manipulador, não me surpreenderia a FIFA comprar o jogo para que o Brasil ganhasse e, assim, tentar abafar os protestos e acalmar os nervos dos cidadãos. Não percam o foco, a hora é agora! O Brasil está em atenção internacional, e que não seja pelo título do hexa mas por títulos educacionais e profissionais que conquistaremos quando tudo isso acabar.

Mas houve uma coisa de útil na declaração de Jabor: “Porque não lutam pela PEC 37?” Para quem não sabe, PEC 37 é uma lei que está para ser aprovada que permite que os políticos façam o que bem entenderem sem serem supervisionados. Isso é um absurdo! É um atestado de otário para os brasileiros pois se isso já acontece tendo leis que os impedem de fazerem, o que aconteceria se nem mais a lei existisse? A pergunta que fica é, se todos nós sabemos que não são 20 centavos o que acontecerá caso o governo ceda e abaixe a tarifa da passagem? A revolução acaba? Precisamos pensar além, precisamos pensar em todas as mudanças que queremos para poder exigi-las agora, não podemos deixar o momento passar, ou o Brasil muda agora ou levaremos mais 500 anos para ver tais mudanças. Vamos à rua para lutar contra o PEC 37, contra nossos dentistas serem queimados por não terem dinheiro na conta, contra nossos ativistas serem mortos na Amazônia por defenderem nossas florestas, contra nossos idosos morrendo em leitos de hospital ou contra nossos doentes morrendo no chão mesmo, sem ter leito no hospital para morrerem e todas as causas pelas quais sabemos que devemos lutar. Se você ainda não se convenceu que a causa é válida e que a hora é agora, sente no seu sofá, ligue sua televisão e pague seus vinte centavos, enquanto nós tentamos mudar nosso país.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Verdades e mitos sobre inglês on line

Ultimamente as escolas de inglês on line tem investido pesado em propagandas, ganhando cada vez mais destaque. Gostaria de dar uma opinião profissional, desprovida de interesse pessoal, prometo! É uma informação que pode ajudá-lo a escolher o melhor inglês para você. Para começar gostaria de deixar claro que eu não estou analisando a metedologia do curso e sim o método, no caso, inglês on line com professores nativos. Conseguem entender a diferença né? Ok, vamos começar destacando os prós e os contras desse método comparado aos métodos tradicionais. Inglês on line é útil para pessoas com certa propensão a serem auto-didatas, pessoas que entendem por si só como funciona o processo de aprendizagem de uma ligua e, principalmente, pessoas organizadas em relação a tempo e estímulo. Por exemplo, hoje eu estudo francês por conta própria mas 4 anos de faculdade, 5 anos de experiência como professora e vivência no exterior me permitem reconhecer os mecanismos na aquisição de uma nova lingua, não importa qual seja ela. Por experiência com perfis de alunos dos mais variados possíveis eu sei que uma pessoa que "entrou de gaiato no navio" vai "entrar pelo cano" se ela não tiver a presença (física) de um profissional para estimulá-la e direcioná-la. Quanto à aulas com professores nativos, isso não quer dizer muito coisa. Se o professor tem como língua nativa o inglês, formou-se para ser professor e tem um conhecimento mínimo da lingua nativa de seus alunos então, vale muito a pena. Mas isso não quer dizer que um professor não nativo não possa te passar o conteúdo com a mesma competência. O que eu quero enfatizar aqui é que não importa a língua nativa do professor e sim se ele tem a didática necessária para fazer VOCÊ entender aquilo que ele já sabe. Ou seja, SABER FALAR INGLÊS NÃO É PRÉ-REQUISITO PARA SER UM BOM PROFESSOR. Isso vale tanto para professores nativos quanto para professores brasileiros. Já ouvi casos e mais casos de alunos que procuraram professores brasileiros pois não conseguiam se entender com seus professores nativos. O que acontece é que um professor nativo pode realmente ter uma aquisição mais extensa de vocabulário mas ele pode falhar na hora de trasmitir isso para seus alunos aqui. Quanto à gramática, garanto que eu e qualquer professor sério de inglês já tivemos que nos submeter a provas que gringo nenhum saberia como começar. Você fala português, isso torna você capaz de gabaritar uma prova de gramática em lingua portuguesa? Por acaso você ainda lembra o que são adjuntos adnominais e para que servem? Em alguns casos, justamente por achar que sabem falar inglês acreditam que não precisam de mais nada para serem bons professores (nativos ou não). Os bons profissionais sabem que aquisição de uma nova lingua é um processo, reconhecem os melhores métodos para aplicar em seus alunos e estão sempre se atualizando, pois tanto a língua quanto a linguagem estão vivas. Para resumir, se você é um aluno auto-didata, organizado e tem um conhecimento mínimo no processo de aprendizagem, inglês on line é uma boa solução para você, realmente você vai poupar tempo e gasolina pois poderá aprender sem sair de casa. Se você não tem nenhuma dessas características, considere investir mais tempo e dinheiro em você por um aprendizado que será totalmente revertido em benefícios, tanto profissional quanto pessoal. Se você não se vê em uma sala rodeada de alunos (isso também é um problema de algumas franquias que vemos por aí, podemos abordar esse assunto em outro tópico) e tem preguiça de se locomover até uma escola, existem professores particulares que eliminam os dois problemas de uma só vez. Mas isso não exclui o seu cuidado em avaliar o background de tal professor,ok? Enfim, você tem que escolher o inglês certo para você! Não existe nenhuma metodologia infalível, existe profissionais capacitados e alunos inspirados. Mexa-se! Estou a disposição ;)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu não podia ser mais ninguém


Li uma notícia outro dia sobre mais uma adolescente que tirou a própria vida por sofrer bullying dos amigos de escola. O que me fez questionar mais uma vez essa vulnerabilidade adolescente. Porque a opinião do outro a seu respeito é tão mais importante do que aquela que você faz de si mesmo? Porque ser aceito por um grupo vale mais do que a sua própria vida? Quando escutamos esse tipo de notícia, sentimos pena e ao mesmo tempo revolta. É um motivo estúpido para alguém morrer, quer dizer, não sei se há bons motivos para morrer, mas que deve haver um motivo muito importante para tirar a própria vida, isso deve. E digo mais, esse motivo deve estar acima de todas as coisas mais valiosas que a vida oferece: família, amigos, perspectiva, sonhos, um futuro. E, definitivamente, quando paramos para pensar no motivo que levou , não só essa adolescente, mas tantos outros a desistirem de tudo e dar fim a própria vida, acredito que seja inevitável não pensar, lá no fundo, bem depois do sentimento de pêsame que desenvolvemos por aquela família e aquela vida que se foi tão cedo, como esses adolescentes são frágeis e às vezes até estúpidos. A verdade é que nós esquecemos que já tivemos essa idade um dia e, se podemos hoje analisar essa situação desse jeito é porque tivemos a estrutura adequada quando passamos por essa fase tão turbulenta. Digo isso porque eu mesma, lá no meu íntimo, pensei isso dessa tal menina da notícia e, imediatamente, minha memória me levou para o passado e eu vi minha versão adolescente na minha frente e pude analisa-la de cima a baixo e perguntei a mim mesma: “e então? Você era essa pessoa tão bem estruturada emocionalmente e psicologicamente que você considera ser hoje?” E a resposta foi “NÃO”, um não bem maiúsculo mesmo, daqueles que faz você pensar: “credo, mas era tão ruim assim?”. A verdade era que eu não estava satisfeita comigo mesma, como a maioria dos adolescentes, e ser aceita pelo grupo era uma meta de vida.  Assim fica mais fácil de entender porque alguns adolescentes simplesmente desistem quando essa meta não é alcançada.

Lembro-me que não gostava dos meus dentes, sempre foram grandes, o sorriso era largo e eu tinha vergonha de mostrá-los. Sim, eu tinha vergonha de sorrir. Parece algo tão estúpido analisado pelo meu “eu adulto” anos depois. Não me entendam errado, sempre fui uma criança feliz, nunca tive problemas com depressão infantil mas, na escola, toda vez que alguém me fazia rir eu levava a mão à boca para poder rir sem deixar meus dentes à mostra. Uma vez uma amiga me perguntou por que eu sempre ria desse jeito e foi quando eu percebi que eu não conseguiria “tapar o sol com a peneira” porque, eventualmente, alguém iria perceber que eu estava tentando esconder algo e, às vezes, o seu esforço de tentar esconder faz aquilo que você tanto quer que passe despercebido ganhar mais evidência e destaque. Aos poucos, conforme eu crescia e adquiria uma personalidade mais madura e uma autoestima mais sólida eu pude me desfazer, um por um, dos meus ‘grilos’ adolescentes. Começou pelo sorriso, a partir daquele dia sempre aberto, a mostra pra quem quisesse ver e uma nova atitude começou a surgir: quem não gostasse do meu sorriso, que não me fizesse rir.  Pode parecer coincidência mas eu nunca fui tão elogiada pelo meu sorriso como naquela época. Aonde eu ia tinha uma pessoa, que eu nem conhecia, para me dizer “Que sorriso bonito você tem” ou “eu nunca vi um sorriso tão contagiante quanto o seu”. Simplesmente deixei que meu sorriso fosse visto pelo mundo e em retorno ele foi aprovado pelo mundo.

Depois foi a vez dos óculos. Como meu olho ressecava muito rápido quando usava lente ou eu saía e não enxergava ou eu usava meus óculos para sair. Assumi! Resultado? Já ouvi amigas minhas dizerem que não sairiam comigo de óculos porque chama muito a atenção dos meninos. Eu usava o estereótipo a meu favor já que, ao ser a única menina de óculos na balada, os meninos se aproximavam de mim dizendo que queriam me conhecer porque sabiam que eu era diferente das outras meninas, mais inteligente ou mais “séria”. Puro preconceito do avesso. Quer dizer, não que eu não me considere uma mulher culta, mas não me considero mais inteligente ou mais “séria” do que as outras que não usam óculos. Estereótipos a parte, a conclusão foi que eu me assumi e fui aceita novamente.

Não foi diferente com a minha altura, por muito tempo eu só podia usar salto alto para não parecer baixa de mais. Verdade seja dita eu gosto de um salto alto, sinto-me mais elegante e mais mulher com um e até hoje ainda é minha primeira opção mas, a diferença é que antes eu não me permitia tirá-los do pé para nada. Alguns anos atrás fui morar na Europa por um tempo. Não tinha carro para dirigir, ia para cima e para baixo de ônibus e parte do tempo as ruas estavam tomadas pela neve. Salto alto não era uma opção. E lá estava eu tendo que, sem poder escolher, assumir minha estatura em um país onde as pessoas por natureza já eram bem mais altas do que o considerado “alto” aqui no Brasil. Já ouviu dizer que em terra de cego quem tem um olho é rei? Pois é! Em terra de gigantes quem é baixinha é rainha!

Hoje, algumas amigas mais próximas dizem que minha autoestima é inabalável e elas até brincam fazendo um trocadilho com meu nome querendo dizer que eu sou convencida. Há verdades e mentiras em tais afirmações. A verdade é que minha autoestima é inabalável porque ela não depende da opinião de outras pessoas nem tão pouco do meu estado emocional ou de minha aparência física de cada dia. Eu sei que vai ter dias que eu vou me sentir ‘a tal’ e vou querer me produzir assim como terá outros que eu não estarei satisfeita com uma coisa ou outra. Não tem problema nenhum nisso, nem de um jeito nem de outro eu inflamo ou murcho minha autoestima. Eu sei quem eu sou e isso já me basta. Mas não é verdade que isso me torna uma pessoa convencida, simplesmente porque eu não exijo que os outros tenham a mesma opinião sobre mim que eu tenho a meu respeito. Cada um é livre pra pensar o que quiser de mim e até expor sua opinião, se julgar necessário. Eu provavelmente aceitarei a opinião, seja ela construtiva ou depreciativa, mas deixarei claro que isso não altera a maneira como eu vejo a mim mesma.  Eu me conheço melhor do que ninguém. Sei dos meus defeitos e minhas qualidades e nada disso altera minha autoestima.

Por conta dessa minha personalidade já fui requisitada, entre amigas, para escrever um livro de autoajuda. Brincadeiras a parte também já fui questionada por uma menina, que em minha opinião era muito bonita, sobre isso ser mais fácil para mim já que a minha aparência me ajudava. Agradeci o elogio dela e retruquei “essa é a sua opinião sobre mim. A diferença é que eu não espero que todas as pessoas tenham a mesma opinião que a sua a meu respeito. Eu dou a elas a liberdade de discordar de mim e de você sem pôr nenhum peso em seus ombros, deixando claro que elas podem ter uma opinião sobre o que elas vêm de mim, mas que elas jamais mudarão a minha opinião sobre mim mesma”. Isso fica mais claro quando analisamos o significado da palavra “estima”. Estimar algo ou alguém é ter apreço, apreciação, orgulho, afeição, sensação favorável por algo ou por alguém. Logo, autoestima é quando você sente tudo isso por você mesma. Conseguem perceber que nada tem a ver com estética, aparência física ou padrões de beleza? E isso fica evidente com a observação dessa menina, que aos meus olhos era bonita mas ela não se enxergava da mesma maneira. Então ser bonita não é garantia de boa autoestima. Às vezes o problema não está na maneira como as pessoas te enxergam mas no que você queria que elas vissem em você. Às vezes você não tem a perspectiva para enxergar além e cria expectativas que ninguém exigiu de você. Era o que acontecia com o meu “eu adolescente” ninguém nunca me disse que eu tinha que ter os dentes pequenos para meu sorriso ser bonito, ninguém nunca me exigiu isso. É o que acontece com a maioria dos adolescentes, eles ainda não viveram o suficiente da vida para descobrir quem realmente são, para aprenderem a ter estima por si próprios, a se assumirem. Tudo o que eles precisam é que os outros façam isso por eles.  Por isso é um crime quando não damos a oportunidade de uma pessoa chegar a vir a ser o que tem potencial para ser quando nem ela mesma ainda sabe disso. É um crime quando um adolescente não tem a oportunidade de olhar para trás e chegar à conclusão do quanto foi tolo, porque hoje, ele consegue mostrar para o mundo quem ele é ao invés de esperar que o mundo determine quem ele deveria ser.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Amor, ordem e progresso!


Outro dia ouvi na rádio que algumas autoridades andam discutindo sobre acrescentar a palavra amor à bandeira do Brasil. Isso tudo muito me intrigou, pois mais uma vez o Brasil tenta arranjar uma solução para tapar a consequência do problema e não a sua verdadeira causa. Acrescentar a palavra “amor” à bandeira de nada valeria se não acrescentarmos o verbo amar na sociedade brasileira. Se o que vem escrito na bandeira que hasteamos orgulhosamente fosse verdade, esse país teria ordem e progresso o que também não é o caso. Não é a ordem e o progresso que regem esse país, é o dinheiro. A classe média se vangloria em dizer que são os pobres que determinam o governo desse país uma vez que eles trocam seus votos por um prato de comida e eu me pergunto o que há de glória em se abster do problema? Em “lavar as mãos” e jogar a responsabilidade da miséria brasileira em cima dos que já vivem nela? Apenas o fato de que quem comete tal julgamento tem o que comer. Sim, se for esse o motivo, dê glórias, pois você é um privilegiado mas não julgue. O que você seria capaz de fazer por um prato de comida? Espero que você nunca tenha que responder a essa pergunta na prática. A verdade é que classe média ou classe baixa, estamos tudo no mesmo barco. A diferença dos nossos barcos é que pra classe média vende-se barcos de pau-a-pique com preço de navio e para classe pobre vende-se a canoa com um buraco no casco, assim eles remam sem sair do lugar. Acordem! A classe média trabalha duro para garantir a ordem e o progresso desse país e não recebem salários justos por tais atividades. Os pobres trabalham em dobro para garantir a ordem e o progresso desse país e não recebem nem sequer o injusto por tais atividades. Enquanto isso um se revolta contra o outro, um se julga melhor ou superior que o outro, e os ricos estão lá: intactos. Vivendo em um pais que eles mesmos criaram para eles mas que não é o mesmo para nós. Um país onde não temos o direito de entrar. Eles pegam a nossa ordem e o nosso progresso, os mesmos que trabalhamos arduamente para obter e usufruem de tudo sozinhos. Só nos restando a desordem e o caos. Eles nos vendem um sonho, nós acreditamos nele, trabalhamos por ele, damos a vida por ele e na hora de receber o sonho que compramos o que nos é entregue é a mais pura e dura realidade. Depois tentam nos convencer de que somos brasileiros e não podemos desistir nunca só para que, movidos pelo orgulho, compremos o sonho novamente mas o final da história sempre é o mesmo: Eles levam de nós a ordem e o progresso pelo qual trabalhamos dia após dia. Outro dia eu ouvi uma música que dizia assim "Ouviram do Ipiranga às margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante. E o sol da liberdade em raios fulgidos brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte".  Essa música contava que o povo brasileiro estava livre e que a igualdade foi conquistada. Só que eu não consigo entender muito bem o que essa música quer dizer com isso. Para falar a verdade acho que todos que a cantam não tem a menor ideia do que significa. A música terminava dizendo "dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada Brasil". Se eu entendi bem o que esse verso quis dizer é que somos todos filhos dessa pátria e eu nunca vi uma mãe fazer distinção entre seus filhos. Ela dá a todos uniformemente o que tem de melhor e se somos todos filhos do Brasil, isso faz de todos nós irmãos e eu nunca vi alguém deixar seu próprio irmão morrer de fome. Então a verdade é que não somos uma família brasileira, somos indivíduos dividindo o mesmo espaço e, certamente, não de maneiras iguais. Lutando em vão por uma ordem e progresso que só existe na nossa esperança cega. Mas quando olharmos uns aos outros e enxergarmos nossos irmãos, poderemos acrescentar à bandeira dessa grande nação brasileira a palavra amor e assim, quem sabe, o último ideal adicionado ao sonho possa de fato trazer à realidade a ordem e o progresso pelo qual tanto lutamos hoje.